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31.7.07

12º Festival Andanças


O Artesanato Sonoro vai estar mais uma vez a acompanhar o Andanças. De 30 de julho a 5 de Agosto todos os trajectos para quem gosta de dançar vão dar a Carvalhais.



"O Andanças é um festival onde não se vem ver, vem-se fazer."


"Tendo por base a cultura participativa, o Andanças é um festival de dança e música popular de todo o mundo, onde a aprendizagem cultural é ilimitada e transborda para outras áreas, em que quem toca e quem dança se junta para formar um colectivo que é muito mais que a mera soma das partes.
Os participantes têm oportunidade de, durante uma semana única de partilha, descoberta, convívio, relação com o outro, aprender ou experimentar a dançar, jogar, tocar, construir instrumentos e brinquedos tradicionais, passear pela serra, de se aventurar em novos espaços com pessoas diferentes (ou não) das que encontram todos os dias.
É também motivo para a realização de um (re)encontro anual entre músicos e bailadores vindos de toda a Europa, para que possam partilhar o seu trabalho uns com os outros e com um público alargado. A preocupação é, cada vez mais, incentivar a troca cultural: “do festival para fora e de fora para o festival”, à qual se alia uma preocupação ecológica, mas também social, e que fará deste espaço comum um local mais rico para todos."

(texto da organização)
Toda a informação em:
http://www.pedexumbo.com/
http://www.pedexumbo.com/minisites/andancas07/index.html

29.7.07

FMM Sines - o último de oito dias

Chegado o último de oito dias de festival em Sines, os hábitos estão
já bem moldados pela cadência dos concertos. Por isso o final da tarde
voltou a fazer com que muitos rumassem quase religiosamente até à
Avenida da Praia. Ali o pôr-do-sol de sábado celebrou-se com músicas
dos lados da Bretanha, com os Norkst. O trunfo destes bretães está na
recuperação das características modais que a música tradicionalmente
europeia abandonou no decorrer do século passado, sendo fácil
identificar semelhanças com a música oriental, com uma secção de
sopros a destacar-se por entre os 16 músicos em palco e a comunicação
com o público a ser facilitada pelo único elemento de origem lusa (uma
de três vocalistas).

Acompanhada pelos Roots of Communication, Erika Stucky surpreendeu
sobretudo pelo diálogo espirituoso que muitos sorrisos arrancou dos
muitos que iam ocupando o espaço então diminuto do Castelo. Qualquer
tentativa de catalogação da actuação seria gorada, como a própria
cantora apelou ao público curioso, pelo que restou apenas presenciar
uma actuação irresistível pela espontaneidade e imprevisibilidade das
opções musicais (espelhada, por exemplo, pela versão de These Boots
Are Made For Walking de N. Sinatra).

Logo depois, o somali K'naan sobe ao palco do FMM pelo segundo ano
consecutivo, começando mesmo por agradecer o acolhimento fervoroso que
teve na última edição do festival. A mistura de rap com vocalizações
tribais e letras interventivas (quase sempre em inglês, já que o
músico cedo trocou o país de origem por Nova Iorque e reside
actualmente no Canadá) não foi, portanto, surpresa para muitos de
entre os milhares que encaravam o palco e não hesitavam em acompanhar
as rimas do quarteto.

Depois de Rachid Taha na noite de sexta-feira, no sábado foram
novamente laivos de rock que incendiaram o Castelo. Num espectáculo
cenicamente estonteante, o imparável Gogol Bordello mereceu bem o
efusivo fogo de artifício que sempre acompanha o último concerto no
Castelo do FMM. Mais de duas horas de um frenético rock cigano vieram
elevar a fasquia do festival, no que toca tanto à escolha do concerto
de encerramento, como à reacção eufórica de um público já
habitualmente civilizado, apesar da maior enchente experimentada por
aquelas muralhas.

[crónica de Ana Val-do-Rio]

28.7.07

mundo saxofone quarteto

Mário Pires - CMS

Depois da semana de concertos entre Porto Covo e o Castelo. A cidade de Sines chegou ao limite, inevitável de todos os anos. As ruas só por generosidade deixam passar mais um corpo. Os percursos entre os palcos do festival, e o parque de campismo ou a praia fazem-se no passo lento das multidões. Mas não encontrarão muito quem se queixe desta enchente todos percebemos porque vieram os outros, todos temos mais um ou vinte amigos a quem contámos e repetimos as histórias de Sines.

Dá vontade de partilhar estes dias em que a praia e a música se fundem com naturalidade nos concertos de fim de tarde e daí para mais uma noite. Desejamos às vezes ter mais um par de ouvidos.
No fim da noite comentava: estes gajos são muito bons, mas eu já não consigo, é o quinto de hoje - talvez o discurso fosse mais compassado mas era este o conteúdo.

A etnia dos contratempos foi talvez a mais bem representada no mundo FMM ontem. Parece ser uma das marcas fortes que este festival vai construindo, a inclusão de músicos de jazz e dos seus colectivos. Talvez, pela facilidade que têm em trazer consigo as viagens rítmicas que fizeram e alguns dos companheiros dessas viagens. Na noite de quinta feira vi o Carlos Bica dizer a um jornalista local que a sua música pode ser do mundo "é a minha música". O raciocínio é simples e de uma eficácia provada nas edições do FMM; sou músico vivo no mundo, a minha música não pode ser outra coisa. Essa marca das notas blues e das dissonâncias esteve ontem com o colectivo do hemisfério sul Aronas, concerto de fim de tarde guiado pelo piano de Aron Ottignon. E com o violento último concerto proporcionado pela La Etruria Criminale Banda, curiosos, no mínimo ficámos curiosos com a música desta big banda.

Mas, um dos concertos de ontem reunia os desejos de quase todos incluindo muitos dos músicos no festival. Não se hão-de importar, pelo menos estes, com o destaque a Oliver Lake, David Murray, Bluiett, Tony Kofi; Os World Saxofone Quartet. O concerto deles foi muito bom. Energia, energia. Quando os músicos se apresentam com um currículo tão enorme há o risco de que a admiração e reverência se sobreponha ao encontro. Não aconteceu. Antes, tivemos momentos de contacto bem humano entre o quarteto, muito bem auxiliado por mais três músicos, e o público. Foi bom de ver as gentes no castelo dançar as improvisações, poucos dedos no queixo e olhares demorados muitas cabeças frenéticas que sem prestar reverência aos senhores dos metais, e eles até a merecem, dançaram-nos como se fosse o techno de uma sexta-feira de inverno.
Murray é já intimo de Sines, presença habitual entre público do festival. Os amigos que Murray trouxe forma recebidos segundo máxima "Amigos dos meus amigos...". Mas não só os dele.
Todos têm por cá um amigo e esse amigo outro amigo, essa aliança vai fazendo inesperadamente global esta localidade.

Por fim, referência mais do que justa aos bons concertos do Quinteto de Hamilton de Holanda, o melhor tocador de bandolim do mundo, diz Hermeto Pascoal. E, a Rashid Tata que fez muitos amigos por aqui, um castelo deles. Ficará para memória futura em especial o seu encore, momento de delírio colectivo com o Argelino e a sua poderosa banda.

Não há mesmo ouvidos que cheguem para tantos (bons) concertos.

FMM Sines - Quinta 26


Tartit

Na quinta-feira, o sétimo dia do festival e o segundo em Sines (Castelo e Avenida da Praia), a programação mostrou-se mais uma vez muito ecléctica, dando ao publico de Sines diversas culturas musicais.

O dia de concertos começou novamente às 19h30, o Blues com toque asiático de Harry Manx resultou da melhor forma na avenida da praia completando o dia bom de praia que se fez sentir em Sines.

A música de fusão entre jazz/rock/pop/hip-hop de Carlos Bica & Azul + dj Ill Vibe abriu a noite no Castelo com uma especial atracção, o dj alemão, filho do notável pianista, Alexander Von Schlippenbach, fazia a ponte entre o jazz rock do trio Azul com o hip-hop jazz praticado por Ill Vive nos pratos.
Este ingredientes fizeram com que o público do castelo presenciasse momentos de música de fusão ao mais alto nivel, 'mostrável' em qualquer parte do planeta.

Logo a seguir entraram os sons hipnóticos da cultura maliana com Tartit, um grupo de touaregs com muitos cânticos à mistura, espalharam o perfume do Deserto do Saara por todos os recantos e encantos do castelo de Sines.

A Etiópia representada pela sua pérola mais brilhante Mahmoud Ahmed, fechou a noite do castelo com um concerto que parecia não acabar (felizmente), foram precisos 3 encores e muita força nas pernas para responder à energia espalhada por Mahmoud Ahmed, um concerto com muito soul, afrobeat e tradições da terra antiquíssima que é a Etiopia, a antiga Abissinia.


Mahmoud Ahmed

A noite acabou inevitavelmente na praia com o dub/reggae de Bitty Mclean & The Homegrown Band, Bitty McLean cantor com grande influência de Ken Boothe e de outros cantores jamaicanos que gravaram nas décadas de 70 e 80, nomeadamente para a mítica editora Studio One. The Homegrown Band tinha a responsabilidade de substituir a dupla lendária Sly & Robbie. Houve ainda oportunidade de assistir a um dj set de Raquel Bulha e de Álvaro Costa até se fazer dia.

27.7.07

FMM - Quarta, 25 - A estreia do castelo...


Sines e o castelo vestiram-se de gala para receber um dos maiores percursionistas do mundo - o indiano Trilok Gurtu. Depois de ter estado no FMM na edição do ano passado, Trilok voltou a ter contacto com um público que conhece bem a sua música. Tecnicamente exemplar, o concerto de 2007 não deixou uma marca histórica como o de 2006. Trilok foi claramente prejudicado por ter tocado no concerto de abertura do castelo.

A segunda banda a subir a palco, os BellowHead, foram a surpresa da noite. Pensaram o concerto para o recinto onde actuaram, fizeram varições vibrantes e cativaram a audiência.

Muito mais do que uma escritora de canções, Oumou provou ser uma verdadeira diva. Mostrou-o em palco, com uma presença que fez o recinto (e até a sua própria música) parecer pequenos. A total expansão musical e rítimica apareceu mais para o final do concerto, numa altura em que o público estava já muito mais participativo.

Na praia, os Oki Dub Ainu Band cumpriram com a tarefa de animar o público, num concerto que pecou pelo facto dos elementos da banda terem absorvido totalmente uma cultura demasiado rígida na exigência que faz com a sua própria música ... e a faz ser única e exclusivamente regida pela pauta.

25.7.07

FMM Sines - Terça, 24



Enquanto o castelo aguardava pela entrada em cena, a acção continuava a centrar-se no Centro de Artes de Sines. A voz e guitarra de Lula Pena provaram, uma vez mais, serem um exemplo vivo (e talvez único) do que deveria ser a lusofonia. Sentimento, profundidade e mesticagem ... de sons e de vivências.

A mensagem que anunciava a mudança de palcos veio da Bretanha. Num concerto tecnicamente muito bem delineado e executado, faltou ao agrupamento francês de Jacky Molard o que sobrou a Lula Pena - a capacidade de se transcender.

FMM Sines . Segunda, 23


No dia em que o FMM se mudou para o centro de artes de Sines, um nome a destacar - Ttukunak. Outrora usada para anunciar a chegada de inimigos, informar de morte de alguém ou fazer um convite para uma festa regrada de sidra, a txalaparta (instrumento tradicional basco feito de madeira, pedra ou ferro) é agora usada para fins mais lúdicos. As irmãs gémeas provaram, em palco, que a exclusividade masculina sobre o manuseamento do instrumento tem os dias contados. São elas que definem o futuro de algo rude, mas espectularmente contagiante. As ttukunak ganharam o público desde o primeiro minuto. Pela arte e pela simpatia!

24.7.07

Domingo, 22 - A Ru( chega a Sines.

Finalmente, a Ru( chega a Sines para relatar (e sentir) mais um Festival de Músicas do Mundo.


Num domingo calmo, em que a música ecoava por todo o Porto Covo, a improvisação dos húngaros Djabe abriu espaço para a fusão (quase) perfeita entre as melodias tradicionais portuguesas de Rão Kyao e o jazz do agrupamento de Karl Seglem. O concerto mais aguardado chegou à 1.00, pela mão dos Haydamaky. A miscelânia musical desvairada - que o grupo acredita ser uma forma de intervenção social - começa, inicialmente, por se afirmar de forma veemente. Apesar de terem perdido força à medida que o concerto passava - talvez pelo adiantado da hora e pelo facto de o concerto ter sido muito longo - os Ucranianos mostraram que são uma banda talhada para animar palcos.


De lamentar, só o facto de não termos chegado durante o primeiro dia de concertos. Etran Finatawa, Don Byron ou Mamani Keita terão de ficar para uma próxima oportunidade...




10.7.07

FMM Sines - já faltou mais!


O Festival Músicas do Mundo de Sines tem, em 2007, o seu mais vasto programa de sempre, com 33 concertos e muito mais. Nesta edição os destaques vão para a presença de Don Byron, Trilok Gurtu, do World Saxophone Quartet, Omou Sangaré, Mahmoud Ahmed , Tartit, Sly and Robbie e Senõr Coconut.

Programação:

Sexta, 20 Julho
Porto Covo, 21h30
GALANDUM GALUNDAINA
Portugal
O FMM2007 abre, em Porto Covo, com um dos mais interessantes projectos do folclore português actual. Partindo da música, dança e língua das Terras de Miranda, os Galandum Galundaina, acompanhados de um grupo de pauliteiros, tocam modas, rimances, danças de roda e muito mais, num espectáculo fiel à tradição e divertido.

Sexta, 20 Julho
Porto Covo, 23h00
DARKO RUNDEK & CARGO ORKESTAR
Croácia / França
Dotado de uma voz rouca carismática, Darko Rundek é o grande cantor e compositor da Croácia. Neste concerto, apresenta-se com uma orquestra de oito instrumentistas de várias origens, a Cargo Orkestar, com quem produz uma música doce e miscigenada, em canções que tratam as viagens e a solidão como dominantes no mundo globalizado.

Sexta, 20 Julho
Porto Covo, 00h30
ETRAN FINATAWA
Níger
Uma das revelações do circuito das músicas do mundo em 2006, os Etran Finatawa (“estrelas da tradição”) reúnem músicos de dois povos nómadas do Níger, os tuaregues e os “wodaabe”. Entre as guitarras eléctricas e as percussões dos primeiros e a força hipnótica da polifonia vocal dos segundos, canta-se a vida na imensidão da savana.

Sábado, 21 Julho
Porto Covo, 21h30
DON BYRON PLAYS JUNIOR WALKER
Estados Unidos
Don Byron é um dos mais importantes clarinetistas do jazz do mundo e um artista de uma versatilidade fora do comum. A Porto Covo traz o disco “Do The Boomerang” (2006), onde, com a participação de uma banda constituída por voz, guitarra, órgão, baixo e bateria, visita a música de Junior Walker, pioneiro da música soul dos anos 60.

Sábado, 21 Julho
Porto Covo, 23h00
MAMANI KEITA & NICOLAS REPAC
Mali/França
Quebrando preconceitos ancestrais, que viam na sua origem nobre impedimento a seguir uma carreira musical, a cantora mandinga Mamani Keita tem-se afirmado como uma das melhores vozes africanas dos últimos anos. Ao FMM traz a companhia de Nicolas Repac, o guitarrista francês com quem gravou o disco “Yelema”, em 2006.

Sábado, 21 Julho
Porto Covo, 00h30
DETI PICASSO
Arménia / Rússia
Eleitos melhor nova banda da Rússia em 2002, os Deti Picasso fundem melodias de canções tradicionais da Arménia com rock russo. Originários da cena experimental de Moscovo, os “Filhos de Picasso” alternam momentos ambientais com explosões psicadélicas, num projecto onde se destaca a irreverência da cantora Gaya Harutyunyan.

Domingo, 22 Julho
Porto Covo, 21h30
DJABE
Hungria
Situado entre os grupos mais interessantes do jazz centro-europeu, os Djabe misturam música improvisada, tradição popular húngara, ritmos de todo o mundo e referências do rock progressivo. Numa banda de grandes músicos, atenção especial a Tamás Barabás no baixo, a Attila Égerházi na guitarra e ao violinista e trompetista Ferenc Kovács.

Domingo, 22 Julho
Porto Covo, 23h00
RÃO KYAO & KARL SEGLEM
Portugal / Noruega
Dois dos mais originais instrumentistas da Noruega e de Portugal encontram-se em Porto Covo. Karl Seglem é um dos melhores e mais abertos saxofonistas escandinavos. Rão Kiao foi o músico que levou o saxofone ao fado e trouxe a flauta de bambu e os ritmos orientais à música portuguesa. Uma estreia mundial a não perder.

Domingo, 22 Julho
Porto Covo, 00h30
HAYDAMAKY
Ucrânia
Uma das bandas que melhor representou musicalmente o espírito da Revolução Laranja, que varreu Kiev em 2004, os Haydamaky cruzam ska-reggae, punk e tradição da Ucrânia. Liderados pelo cantor e tocador e flautista Olexandr Yarmola, os criadores do “Ska dos Cárpatos” fecham com a música imparável do Leste o FMM em Porto Covo.

Segunda, 23 Julho
Centro de Artes, 21h30
MARCEL KANCHE
França
Marcel Kanche, letrista, compositor, guitarrista e dono de uma magnífica voz de barítono, é uma figura muito especial da música de França. Entre a chanson française, o jazz e o rock experimental, a poesia nocturna do disco “Vertigue des Lenteurs”, de 2006, recebeu elogios entusiásticos da imprensa do seu país e internacional.

Segunda, 23 Julho
Centro de Artes, 23h00
TTUKUNAK
País Basco
Usando há 2000 anos como meio de comunicação no País Basco, a “txalaparta” tornou-se com o tempo num complexo instrumento de percussão. No primeiro espectáculo do Centro de Artes de Sines, será tocado por duas irmãs gémeas, Maika e Sara Gómez, as Ttukunak, que aliam à tradição basca ritmos de todo o mundo e muita improvisação.

Terça, 24 Julho
Centro de Artes, 21h30
LULA PENA
Portugal
A lisboeta Lula Pena é uma das mais intensas e misteriosas artistas portuguesas. Com a carreira quase toda feita fora do país, já editou dois discos (“Phados”, 1998, e “Profissão de Fé”, 2002) e está actualmente a preparar o terceiro. Entre o fado, a pop, a música brasileira, cabo-verdiana e árabe, a “soul” universal de uma cantora de voz única.

Terça, 24 Julho
Centro de Artes, 23h00
JACKY MOLARD ACOUSTIC QUARTET
Bretanha
Com 30 anos de carreira, o violinista Jacky Molard é uma instituição da música da Bretanha. Regressa a Sines em 2007, pela primeira vez num grupo com o seu nome, o “Acoustic Quartet" (contrabaixo, saxes e acordeão diatónico), com o qual aproxima a música bretã da música irlandesa, do jazz “manouche” e de sons balcânicos e orientais.

Quarta, 25 Julho
Castelo, 21h30
TRILOK GURTU BAND
Índia
Depois de ter dado aquele que muitos consideraram o melhor concerto do FMM2006, o percussionista indiano Trilok Gurtu regressa a Sines para abrir música no Castelo com uma super-banda e a nata dos seus melhores discos do séc. XXI: “Remembrance” (2002), “Broken Rhythms” (2004), “Farakala” (2006) e “Arkeology” (2006).

Quarta, 25 Julho
Castelo, 23h00
BELLOWHEAD
Reino Unido
Eleitos melhor grupo e espectáculo de 2007 nos Folk Awards da BBC Radio 2, os Bellowhead são a maior revelação da folk britânica no século XXI. Com uma riqueza tímbrica e harmónica nunca antes ouvida na música tradicional inglesa, o seu disco “Burlesque” (2006) é já considerado um dos mais importantes de sempre no género.

Quarta, 25 Julho
Castelo, 00h30
OUMOU SANGARÉ
Mali
Uma das mais celebradas e internacionais cantoras africanas de sempre, a maliana Oumou Sangaré vem ao festival para mostrar o seu cruzamento de ritmos “Wassoulou” com funk, rhythm n’ blues e afrobeat. A sua voz de timbre excepcional oferece-nos canções onde o tema da emancipação feminina é uma dominante.

Quarta, 25 Julho
Av. Praia, 02h30
OKI DUB AINU BAND
Japão
Na ilha mais a norte do Japão vive um povo antigo, os Ainu, que luta pela preservação da sua identidade. A Sines vem uma das defensoras mais heterodoxas da riqueza desta cultura, a Oki Dub Ainu Band, grupo de música de dança de fusão, onde se cruza a tradição acústica Ainu, o “dub-reggae”, a electrónica e a música afro-americana.

Quinta, 26 Julho
Av. Praia, 19h30
HARRY MANX
Canadá
Harry Manx, nascido na Ilha de Man, mas radicado no Canadá, é um bluesman singular, inventor da estética “Mysticssipi”. Com banjo, harmónica, “slide guitar” e um instrumento de 20 cordas único, a mohan veena, híbrido da guitarra indiana e da “setar”, a sua música é um encontro entre a canção americana e as texturas musicais da Índia.

Quinta, 26 Julho
Castelo, 21h30
CARLOS BICA & TRIO AZUL com DJ ILL VIBE
Portugal/EUA/Alemanha
Entre a Alemanha, Portugal e o mundo, o contrabaixista Carlos Bica tem vindo a afirmar-se como um dos melhores músicos de jazz da Europa. Acompanhado dos americanos Frank Möbius (guitarra) e Jim Black (bateria e percussões) e do DJ alemão Ill Vibe apresenta-se no FMM com o seu projecto mais emblemático, “Azul”.

Quinta, 26 Julho
Castelo, 23h00
TARTIT
Mali
Originários de um raro matriarcado da África de influência árabe, os malianos Tartit são um dos mais comoventes grupos em actividade no circuito das músicas do mundo. As mulheres cantam, dançam e tocam percussão, os homens tocam instrumentos de cordas eléctricos e tradicionais. Hipnótica música de dança de uma cultura a conhecer.

Quinta, 26 Julho
Castelo, 00h30
MAHMOUD AHMED
Etiópia
Eleito pelos prémios de world music da BBC Radio 3 o melhor artista africano de 2006, Mahmoud Ahmed é um dos mais extraordinários cantores do mundo. Representante máximo da fusão dos ritmos circulares de sabor oriental da tradição etíope com o pop e o jazz, terá a seu cargo um dos concertos mais esperados do FMM.

Quinta, 26 Julho
Av. Praia, 02h30
BITTY MCLEAN with SLY & ROBBIE
Reino Unido/Jamaica
Considerado um dos cantores com mais "soul" do reggae actual, o britânico Bitty McLean actua no FMM na companhia da secção rítmica mais importante da história do género, Sly & Robbie, os génios do drum n’ bass. Numa noite que se prevê tórrida, o disco que têm na forja (“Movin’ On”, a lançar no Outono), será antecipado no palco de Sines

Sexta, 27 Julho
Av. Praia, 19h30
ARONAS
Nova Zelândia/Austrália
Menino-prodígio do jazz (gravou o seu primeiro disco aos 14 anos) o pianista neo-zelandês Aron Ottignon é uma das grandes esperanças da música improvisada mundial. Com o grupo “Aronas”, apresenta em Sines o disco “Culture Tunnels” (2005), jazz com um caldeirão de influências, entre elas os ritmos nativos das ilhas da Polinésia.

Sexta, 27 Julho
Castelo, 21h30
HAMILTON DE HOLANDA QUINTETO
Brasil
Pouco acima dos 30 anos, o brasileiro Hamilton de Holanda foi considerado pelo mestre Hermeto Pascoal “o maior bandolinista do mundo”. Animal de palco, toca de forma vertiginosa um repertório de música popular, erudita e jazz. No FMM apresenta-se com a sua formação mais quente, o quinteto, com quem gravou “Brasilianos” em 2006.

Sexta, 27 Julho
Castelo, 23h00
WORLD SAXOPHONE QUARTET “POLITICAL BLUES”
Estados Unidos
O mais famoso quarteto de saxofones do mundo regressa a Sines com “Political Blues”. Oliver Lake, David Murray, Bluiett, Tony Kofi, entre outros músicos, dão vida a um jazz condimentado de blues e muito funk, com letras que criticam o clima político dos EUA contemporâneos e o neo-conservadorismo que está a assolar o próprio jazz.

Sexta, 27 Julho
Castelo, 00h30
RACHID TAHA
Argélia
Porta-voz de uma geração de músicos árabes a viver na Europa, o argelino Rachid Taha usa uma mistura explosiva de ritmos do Norte de África, electrónica de dança e atitude punk para criticar as hipocrisias que se vivem dos dois lados do Mediterrâneo. “Diwan 2”, disco de clássicos árabes editado em 2006, será a base do seu concerto em Sines.

Sexta, 27 Julho
Av. Praia, 02h30
LA ETRURIA CRIMINALE BANDA
Itália
Dirigida por Giovanni di Cosimo, La Etruria Criminale Banda é uma “big band” de 15 elementos empenhada em encontrar novos caminhos para a música tradicional italiana. Altamente experimental, mas muito divertida, na sua música encontram-se, sem chocar, estilos tão diferentes quanto tarantelas, música de circo, tango, ska e swing.

Sábado, 28 Julho
Av. Praia, 19h30
NORKST
Bretanha
O projecto Norkst nasceu do desejo de recuperar a riqueza modal da música da Bretanha. Com esse objectivo, o cantor Erik Marchand fundou uma academia de jovens músicos (Kreiz Breizh Akademi), 16 dos quais o acompanham ao FMM para mostrar um trabalho que culminou no reencontro da música bretã com o Oriente e os Balcãs.

Sábado, 28 Julho
Castelo, 21h30
ERIKA STUCKY & ROOTS OF COMMUNICATION
Suíça
A suíça-americana Erika Stucky é uma cantora desconcertante. Na sua música cruza-se referências do rock, pop alternativa, jazz vanguardista, tradição suíça e, sobretudo, um imaginário muito pessoal. Com a participação do grupo Roots of Communication e as suas espectaculares trompas dos Alpes, será uma festa original.

Sábado, 28 Julho
Castelo, 23h00
K’NAAN

Somália/Canadá
Eleito pelos prémios de "world music" da BBC Radio 3 a revelação das músicas do mundo de 2006, o rapper somali K’Naan volta para a entrada decisiva do género no coração histórico do festival, o Castelo. Música de protesto, mas não de leviandade nem de desesperança, “hip hop” com sabor acústico e africano, num concerto fundamental.

Sábado, 28 Julho
Castelo, 00h30
GOGOL BORDELLO
EUA/Ucrânia
Em estreia em Portugal, o melhor grupo das Américas nos prémios de “world music” da BBC Radio 3, Gogol Bordello, dá um dos espectáculos mais efervescentes da música actual. Liderados por Eugene Hütz, o seu punk cigano (onde também há elementos de reggae, metal, cabaret e klezmer) fecha o festival no Castelo com fogo-de-artifício.

Sábado, 28 Julho
Av. Praia, 02h30
SEÑOR COCONUT and his ORCHESTRA feat. ARGENIS BRITO

Chile/Alemanha
Ideia de Uwe Schmidt, DJ alemão radicado no Chile, Señor Coconut é um dos grupos mais originais do momento. Partindo, entre outras, das canções de duas referências da pop alemã (Kraftwerk) e japonesa (Yellow Magic Orchestra), constrói-se um espectáculo com arranjos latinos (salsa, mambo, merengue, etc.) para dançar.

Toda a informação em:
www.fmm.com.pt

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