l

29.11.09

29 Novembro 2009

Jimi Tenor & Tony Allen - Sinuhe
Jimi Tenor & Tony Allen - Selfish Gene
Mulatu Astatke & The Heliocentrics - Masengo
Mulatu Astatke & The Heliocentrics - Cha Cha
Menahan Street Band
- The Contender
The Lions - Jungle Struttin'
Lafayette Afro-Rock Band - Soul Makossa



Orchestre National de Jazz & Robert Wyatt - Rangers in the Night
Orchestre National de Jazz & Rokia Traoré - Alifib
S. Paulo Underground - Barulho de Ponteiro 1
Flat Earth Society
- Rearm, Get That Char!

Etiquetas:

28.11.09

28 de Novembro de 2009 - Destaque a "Músicas do Mundo - Estado da Arte"


"Músicas do Mundo - Estado da Arte", de José Braga, é uma pequena enciclopédia, ou nas palavras do autor, uma pequena manta de retalhos sobre as músicas que se vão fazendo fora da esfera anglo-saxónica por esse mundo fora.
Por ocasião do lançamento deste livro, que teve lugar esta semana no TAGV, Artesanato Sonoro passa uma hora saltitando por cinco grandes áreas musicais - Europa, África, Américas, Oceânia, Ásia - com a sábia orientação de José Braga. Uma hora de música e conversa à volta do mundo.

Sacasas (Cuba) - Rumba negra - Sprigs of Time
Jonuzi Me Shoket (Albânia) - Vome kabà - Springs of Time
Stella Haskill (Grécia) - Me tis polis ta stena - Springs of Time
Jean Mpia (Congo) - Tembele - Springs of Time
Dr. Chief Sikiru Ayinde Barrister & Africa's International Music Ambassador (Nigéria) - Refined fuji garbage - Africa Never Stand Still
King Tubby (Jamaica) - The Champion version - K Dub Gone Crazy
Charlie Palmieri All-Stars (EUA/Cuba) - Tema de Maria Cervantes - Mr. Bongo Latin Beats Boxset
Kane's Hawaiians (Hawai) - Mokihana - Victrola Favorites
Van Shipley (Índia) - Jan pehechan ho - Bollywood Steel Guitar
Guangzhou Cantonese Opera Troupe (China) - The crow flies back to the forest - Victrola Favourites

Etiquetas:

23.11.09

22 de Novembro de 2009

Aperitivos Balcânicos na Danceteria Africana

La Cherga - Trouble Dub
La Cherga - What a wonderfull life
A Hawk and a Hacksaw - The Moom Under Water
A Hawk and a Hacksaw - A Black and a White Rainbow
NOMO - Last Beat
NOMO - Rings
Fela Kuti - Unnecessary Begging



Peter King - Afrikan Dialects
Jimi Tenor & Kabu Kabu - Global Party
BLK JKS - Molalatladi
The Voices of Darkness - Mota Ginya

Etiquetas:

22.11.09

Emissão de 21 de Novembro

Com eventuais origens medievais, na cítula e, posteriormente, na cítara, trata-se de um instrumento de 12 cordas, com um som muito muito especial. Dotada de uma portugalidade inequívoca, nomeadamente de um certo espírito de saudade e de melancolia, mas infelizmente demasiado rotulada como próxima de um certo fatalismo e de um saudosismo primário bem portugueses, esta guitarra tem diversas vertentes, com destaque para a de Coimbra, com um formato e uma afinação diferentes das demais.

Seja no trinado mágico da família Paredes, na presência por excelência na canção de Coimbra e no fado ou nas recriações, derivações e fusões modernas com outros sons, este instrumento é parte fundamental do património, da identidade e da cultura nacionais. Fala-se naturalmente da GUITARRA PORTUGUESA


Alinhamento:

1. Carlos Paredes – Variações em Ré Maior (Guitarra Portuguesa, 1967);
2. Luísa Amaro – Egiptânia (Meditherranios, 2009);
3. Luísa Amaro – Jogral (Meditherranioss, 2009);
4. Luísa Amaro – Kalipha (Meditherranios, 2009);
5. Cordis – Caminhos (percurso de vida) (Cordis, 2007);
6. Trilhos – Celta I (Avariação, 2009);
7. Trilhos –Trilhos da Guitarra Portuguesa (Avariação, 2009);
8. Trilhos – Viagem pelos Trilhos (Avariação, 2009);
9. Laia Abater (Viva Jesus e Mais Alguém, 2009);
10. M-Pex – Melodia da Saudade (Phado, 2007);
11. A Naifa Fé (3 Dias Antes de a Maré Encher, 2006);
12. Amália Rodrigues – Gaivota (Fado Português, 1965);
13. Adriano Correia de Oliveira – Capa Negra Rosa Negra (Trova do Vento que Passa, 1963);

Álbuns em destaque:

LUÍSA AMARO - MEDITHERRANIOS



TRILHOS - AVARIAÇÃO


15.11.09

emissão de 15 de Novembro de 2009

Colheita de 2009, intercalada pelos anos 60-70 vistos do Gana e do Irão.

Justin Adams & Juldeh Camarah
- Keke kele - Tell no Lies
Staff Benda Bilili - Marguerite - Très Très Fort
Tinariwen - Imidiwan afrik tendam - Imidiwan: Companions
Group Bombino - Imouhare - Guitars from Agadez Vol. 2
The Mercury Dance Band - Kai wawa - Ghana Special: Modern Highlife, Afro Sounds, Ghanaian Blues 1968-1981
Christy Azuma & Uppers International - Din Ya Sugri - Ghana Special
The Cutlass Dance Band - Hwe Hwe Mu Yi Mgena - Ghana Special
Kyeremateng Atwede & Kyeremateng Stars - I go die for you - Ghana Special
Penahi - Dance music - Raks Raks Raks: 17 Golden Garaget Psych Nuggets from the Iranian 60s Scene
Moha Jamin - Raks Raks Raks - Raks Raks Raks
Group Sayeed - Mosh va kamah - Raks Raks Raks
Extra Golden - Phantasies of the orient - Thank You Very Quickly
Group Doueh - Tazit Kalifa - Treeg Salaam

Etiquetas:

Oumou Sangare, CCB, 14 de Novembro de 2009


Oumou Sangaré é uma das divas e rainhas do wassoulou, estilo musical, cultura e região geográfica da África Ocidental, que engloba parcialmente alguns pedaços do Mali, da Guiné e da Costa do Marfim. Em 1989, com pouco mais de vinte anos, a jovem surpreendeu meio mundo com o seu disco de estreia Moussolou. Duas décadas depois, continua a mostrar atributos de compositora e intérprete de excelência, com o novo Seya, mais um dos grandes álbuns deste ano de 2009.
.
Foi este último, 5º de originais (se contabilizarmos a compilação Oumou de 2004, mas que incluía 8 temas nunca anteriormente gravados em disco), que serviu de pretexto para este concerto no CCB, uma produção da Uguru. Numa noite com jogo da selecção e concerto dos Depeche Mode em Lisboa e com preços algo elevados (entre os 18 e os 35 euros), foi um auditório a meio gás que recebeu a grande cantora do Mali. Sem surpresas, grande parte do alinhamento incidiu sobre o novo disco, com óptimas interpretações de temas como "Kounadya", "Sounsoumba" ou "Wele Wele Wintou" (com pedido de acompanhamento vocal do público no refrão, mas de forma sóbria e breve, sem recorrer a técnicas artificiais e de gosto no mínimo duvidoso), num misto de ritmo e espiritualidade. Torna-se impressionante para o espectador a simplicidade e a forma apaixonada com que Oumou se apresenta em palco, quer seja na alma interpretativa com que se dedica aos temas, quer na naturalidade com que encara a postura de duas ou três mulheres da plateia que, conseguindo contornar a segurança do CCB, sobem para palco para dançar e para abraçar a maliana, quer na expressividade com que se dirige ao público. Neste contexto, apesar de eu não dominar a lingua francesa, a forma incisiva e pausada com que Oumou fez passar a sua mensagem, foi suficiente para perceber grande parte do conteúdo do seu discurso, com referências à riqueza cultural do seu Mali natal, à importância do amor e da comunhão entre culturas e raças como contraponto à intolerância, ao facto de África ser muito mais do que a fome e a guerra expostas na comunicação social, ao elogio da beleza, do charme e da energia da mulher africana ou, naturalmente, dado ser Oumou uma reconhecida defensora intransigente dos direitos das mulheres, à importância da igualdade e da complementaridade entre sexos.
.
A fechar da melhor forma possível a componente principal deste concerto, tivemos direito a uma versão extensíssima de "Yala", com o público a levantar-se das cadeiras, e a acompanhar com o movimento do corpo e com as palmas o profundo ritmo da música e com direito a apresentação personalizada e prolongada dos elementos que se encontram em palco. Assim sendo, a acompanhar Oumou Sangare temos duas bailarinas e uma banda muito coesa, com um guitarrista, um baixista, um baterista e, em termos de instrumentos tradicionais, um djembé, um kamalen n'goni (tal como a kora, uma harpa com toques tipicamente africanos) ou uma flauta africana com importância significativa na sua música. Pena foi que, ao contrário do que aconteceu com Seun Kuti há cerca de três meses atrás, a acústica e a qualidade de som estivessem longe da perfeição, nomeadamente com uma equalização muito alta dos instrumentos e da própria voz de Oumou, provocando mesmo momentos de alguma estridência, completamente desajustados às naturais simplicidade e espritualidade referidas anteriormente.
.
Depois de um muito pedido encore, eis que Oumou e a sua banda voltaram para palco, para nos mostrar o lado mais introspectivo da sua música, através da recuperação de "Djorolen" do disco Worotan de 1996, numa espécie de curioso anti-climax, culminado com a devoção do público através de um caloroso e rendido aplauso de pé, próprio de quem está consciente de ter assistido a um óptimo concerto.

14.11.09

Emissão de 14 de Novembro

Viagem entre o médio e o extremo oriente.

1.Chanteurs Sufi de Sarajevo - Suze Suze
2. Orient Express Moving Shroners - Roumaynish Fantasy
3.Erik Friedlander - Kinyan
4.Mariam Hassan - Shanda
5.Le Trio Joubran - Musar
6.Josef Van Wissem - Prompepticon
7. Messaoud Bellemou - Li Maandouche l'Auto [He, Who Doesn't Own a Car]
8.Huun-Hur-Tu + Angelite - Wave
9.Huun-Hur-Tu - Eshten Charlyy Beye
10.Suar Agung - Jayan Tangis
11.Sevara Narzakan- Yor-Yor

Etiquetas:

8.11.09

Africa.cont


O Africa.cont é o recentemente criado centro de promoção da cultura contemporânea africana. Foi neste contexto que, no agradável espaço ao ar livre das Tercenas do Marquês, se realizou em Lisboa, no passado dia 26 de Setembro, esta iniciativa musical, com concertos de três projectos africanos bem distintos

Kora Jazz Trio



Foi ao final da tarde que, já depois do warm-up pelo DJ Rycardo, subiram a placo os Kora Jazz Trio. Constituídos por dois senegaleses e um guineense, este trio junta a sonoridade tradicional imposta pela kora e pelas percussões africanas à linguagem mais clássica, com construção jazzistica, do piano. Mais interessantes nos momentos em que os sons tradicionais se impuseram de modo mais intenso, nomeadamente através da voz e da kora de Djeli Moussa Diawara, do que naqueles em que reinou um certo ambientalismo jazz mais inofensivo, os músicos deram um concerto que, não tendo sido brilhante, foi perfeitamente adequado ao local e à hora em que decorreu.

Mulatu Hastatke & The Heliocentrics



Multau Hastatke é um dos grandes mestres do jazz etíope, cujo trabalho se celebrizou no seu país de origem nos anos 60 e 70, mas em que a aclamação ainternacional só chegou na nesta década, quando Jim Jarmusch recuperou a sua música para o filme Broken Flowers de 2005. Este ano, Mulatu voltou aos lançamentos originais, em parceria com os Heliocentrics, a banda de apoio do mítico DJ Shadow. Trata-se de um álbum de fusão reforçada, isto porque se a música de Mulatu já é uma combinação entre o jazz e pormenores tradicionais africanos, a isto acrescenta-se agora o experimentalismo funk da banda britânica.

Confesso que das primeiras vezes que ouvi a música de Mulatu Astatke, quer a solo, quer com os Heliocentrics, não fiquei desde logo fã. A música que temos aqui está longe de ser simples e imediata e, no meu caso pessoal, a situação agrava-se por eu estar longe de ser fã de jazz. No entanto, é daquele tipo de música que se vai entranhando pouco a pouco, em que a paciência e a audição consistente são fundamentais para se perceber a magia subliminar e a perfeição estética que por aqui se encontra e que resulta em pedaços de verdadeira obra-prima musical.

Ao vivo, quem, como eu, esperava uma transposição para o formato ao vivo mais meditativa e ambiental, enganou-se profundamente. É certo que não temos aqui propriamente música festiva, que se adeque prioritariamente a uma lógica mais dançável, mas a verdade é que o ritmo e a cadência apelam a algum movimento do espectador. É um dos sinais do crescimento da música em palco, onde estão Mulatu e os cerca de dez elementos que compõem os Heliocentrics (percussões, sopros, teclados, baixo, guitarra ou violoncelo), que quer colectivamente, quer através de alguns pormenores individuais, como o profundo virtuosismo saído do vibrafone e das percussões de Mulatu, o psicadelismo dos teclados ou os devaneios experimentais do brutal violoncelista, tornam ainda mais grandiosos temas incríveis como "Cha Cha", "Esketa Dance" ou "Yekermo Sew", rebatizado como "Broken Flowers Suit" para o tal filme de Jarmnusch. Uma palavra para as condições de som: não sendo perfeitas e relevando alguns problemas, merecem ainda assim nota positiva, num espaço tão aberto e dada a necessidade de conjugar tantos instrumentos e sons tão distintos.

Concluindo, se Inspiration Information é aclamadamente um dos discos maiores de 2009, o concerto de Setembro foi também, um mês depois de Seun Kuti, mais um dos grandes concertos do ano em Portugal

Ferro Gaita


Depois da perfeição musical, a explosão festiva da música dos Ferro Gaita tomou definitivamente conta das Tercenas do Marquês. O grupo cabo-verdiano, cujo nome remete para dois instrumentos tradicionais, o ferro, uma estrutura de metal tocada com uma faca, e a gaita, uma espécie de acordeão, pratica uma sonoridade assente no Funaná, estilo tradicional deste país africano, com características muito enérgicas e dançáveis. Como tal, foi sem surpresas que o público aderiu sem limites à música dos Ferro Gaita, apesar de, em termos musicais, faltar algum ecletismo e diversidade e de alguns problemas técnicos que prejudicaram um pouco a qualidade do concerto.

7.11.09

emissão de 7 de Novembro de 2009

Mono Mono - Tire loma da nigbehin - Nigeria 70
Orchestra Baobab - Cabral - Made in Dakar
Oumou Sangaré - Sounsoumba - Seya
Les Amazones de Guinée - Wamato - Wamato
Rokia Traoré - Tounka - Tchamanché
Issa Bagayogo - Filaw - Mali Koura
Tony Allen - Secret Agent - Secret Agent
Group Inerane - Awal September - Guitars from Agadez Vol. 1
Group Bombino - Imouhare - Guitars from Agadez Vol. 2
Sir Victor Uwaifo - Akayan Ekassa - Nigeria 70
Justin Adams & Juldeh Camarah - Achu - Tell no Lies
Tinariwen - Matadjem Yinmixan - Aman Iman
Ali Farka Touré - Chérie - Red & Green

Etiquetas:

1.11.09

Emissão 1 de Novembro 2009



Saltinhos por Cá:

Pé na Terra – Balada do Sino (Pé na Terra, 2008)
Quarto Minguante – Duerme Negrito
Brigada Victor Jara – Arriba Monte (Por Sendas Montes e Vales, 2000)
Galandum Galundaina – Chin Glin Din (Modas i Anzonas, 2005)
Gaiteiros de Lisboa – Comprei uma Capa Chilrada (Sátiro, 2006)
Terrakota – Ibori (Húmus Sapiens, 2004)
Kumpania Algazarra – Skabicine (Kumpania Algazarra, 2008)
Diabo a Sete - Valsa da Joana e do João (Parainfernália, 2007)
Mu – Valsa do Mathias (Mundanças, 2005)
Dazkarieh – Meninas Vamos à Murta (Incógnita Alquimia, 2006)
Fausto – O Barco Vai de Saída (Por este Rio Acima, 1982)
Fausto – Navegar, Navegar! (Por este Rio Acima, 1982)

Etiquetas:

<